A REALIDADE EDUCATIVA : A pós-pandemia? (Ano Letivo 2021/2022)
A realidade no nosso País (Portugal) em termos de educação, continua na mesma… novo início de ano letivo… avós e/ou pais, ou tutores legais, levam diariamente, ás creches, aos jardins de infância, ás escolas de ensino básico (1º ciclo), os brinquedos (velhos e usados) que estorvam lá em casa porque estão a mais… a criança já não liga, até já só dá pontapés naquilo e não há quem a faça entender, lá em casa, (ou tenha paciência para lhe explicar, pedagogicamente), que se os desarrumou tem que os arrumar no sítio certo ou apropriado. E cá vai então, nem de modas, num qualquer saco de lixo, supermercado ou caixa de cartão, para a escola mais perto, provavelmente a educadora "lá da zona" até solicitou ajuda porque as salas de aula, não estão apetrechadas, há falta de equipamento educativo, vá-se lá saber porquê depois de tantas promessas na área?!... ou então é daquelas educadoras(es) que gosta de tudo "atafulhado" até ao teto, fiel adepta da quantidade e não da qualidade, e que recebe ou manda receber - para não dar a entender que não é bem aquilo que deseja ou solicitou junto dos pais -, graciosamente todos os brinquedos (lixo na maioria das vezes, desadequado, partido e até perigoso), ou livros, desatualizados ou sem contexto ou nexo pedagógico e educativo, que lhe fazem chegar á porta da sala e que depois de revistos, raramente tem aproveitamento pedagógico algum como anteriormente citei. Jogos incompletos ou partidos, bonecas sem uma perna ou sem olhos, carrinhos de plástico com peças pequeninas ou partidas em plástico endurecido, com pilhas já gastas ou com o ácido a sair, etc… Pais, por favor, entendam de uma vez por todas que se o brinquedo, jogo ou livro não serve para o vosso filho(a), também não serve para os filhos dos outros, coloquem antes nos ecopontos para posterior reciclagem e assim estarão a fazer uma boa ação, ajudando o meio ambiente. E por favor, excelentíssimas(os) educadoras(es), de uma vez por todas façam um favor a vós próprio, apostem na qualidade das aprendizagens, na evolução do ensino, e exijam isso também aos pais; mas para isso terão que dar o exemplo. Mais vale ter pouco e de qualidade adequado às exigências do ensino atual e à "predisposição genética" das crianças dos dias de hoje, do que continuar a ter salas com cantinhos ou áreas de brincar, completamente desajustadas aos tempos que se vivem, aos métodos educativos e pedagógicos modernos e aos interesses das crianças da 2ª década do sec. XXI. Por acaso, já alguém parou para pensar por que razão as crianças hoje aderem imediatamente e com facilidade aos jogos interativos nos telemóveis, ou nos tablets dos pais em detrimento dos que lhes são disponibilizados em madeira ou cartão nas salas (muitos fabricados à mais de 30 anos), onde ainda grandemente o ensino/aprendizagens se baseiam no nosso país, nos ciclos mais básicos?! Mas estou eu para aqui a falar como se do assunto fosse um entendido, quando no outro dia fui chamado á reunião do meu filho de início de ano no jardim de infância, e para a qual, não foi o meu espanto, que á semelhança do ano passado pensei que me tinha enganado… pela idade, (pelo aspeto), pela pessoa, parecia que estava na presença da minha mãe ou da minha sogra (sem ofensa, pois acho que todas as pessoas mais velhas são o "garante de transmissão" de saberes, experiência e todo um conjunto de valores culturais aos nossos filhos). Não se iludam pois, não estou a caraterizar fisicamente ninguém, a excluir, a desonrar ninguém em particular, nem faço parte desses grupinhos de bandalhos negacionistas em tudo, inclusive xenófobos, racistas, que por ai populam como cogumelos... Ó quem de direito, que nesta área tem competências para legislar sobre esta matéria… os meus filhos vão para o jardim de infância para socializar com crianças da mesma idade, gostaria que tivessem um ensino atualizado aos tempos de hoje, não aos tempos da minha mãe ou da minha sogra. Por favor, Portugal tem que andar para a frente e a respetiva "bazuca" de dinheiros vindos da UE têm de ser muito mais, - bem aplicado no sistema educativo. Temos a 5G em termos de comunicações e "inteligência artificial" que pode fazer maravilhas quando bem adaptada ao ensino, à educação, dos nossos filhos, mas para isso, tem que se dar lugar a docentes mais novos, que entrem na carreira de docência mais cedo, que integrem os quadros, que vejam a precariedade laboral erradicada na área, que tragam modernidade e conhecimento técnico e cientifico, que dominem bem as matérias educativas e pedagógicas a lecionar, que usem em benefício de uma melhor base educativa as novas tecnologias de informação e comunicação, algo que já não se pode exigir às mentalidades da maioria dos docentes, gastos, doentes, desorientados com tanta burocracia, e que após longo confinamento necessário devido à pandemia global da SARS nCov2 CÓVID-19, "pôs a nu" todos estes problemas e feridas no sistema educativo, que os docentes envelhecidos na sua maioria, tiveram de enfrentar, e que, novamente, recebem agora os nossos filhos; aliás é urgente que algumas esferas da nossa sociedade sejam renovadas com sangue dos mais jovens... É preciso dar oportunidade aos mais novos, a esta nova geração, mais preparada, mais habilitada, apta a enfrentarem novos desafios, de recém licenciados, mestrados ou doutorados nas áreas da educação, pois à quem já não consiga acompanhar por diversas razões a evolução ou revolução digital que o ensino reclama a si, cada ano que passa, á espera de uma resposta política reformista (capacitação digital?, prometida pelos sucessivos governos, recuperação dos anos de carreira congelada, tabelas remuneratórias, entre outras promessas), para mais cedo e em idades mais precoces (aposentação de docentes), se sair com dignidade e de ainda poder ser útil á sociedade como se faz noutros países ocidentais, e também, nomeadamente, na EU, caso contrário, desta forma, nem de pequenino se começa a torcer o pepino nas escolas portuguesas!!!
(Post by ANONYMOUS DIDATICA 2021)
a continuar...
Autor: Anonymous Didáctica
Fonte: Anonymous Didáctica
O Blogue da Cidadania Ativa; Inclusão Social; Sustentabilidade Ambiental e Natureza
Carlos Carrapiço
2021