A FORÇA DA NÃO VIOLÊNCIA!...
Segundo Friedrich Engels, apesar da violência depender do poder económico que produz as armas ou os instrumentos tecnologicamente mais aperfeiçoados para exercê-la contra os mais fracos, existe uma forma de violência, a violência revolucionária, "criativa", pois é a "parteira de toda a velha sociedade, é o instrumento com a ajuda do qual o movimento social se dinamiza e rompe formas políticas mortas" (Engels, Edições Afrodite 1971). Historicamente datadas, estas considerações de Engels, poderiam fazer sentido numa época em que predominavam regimes "autocráticos". Neste sentido, o uso da violência seria sempre o último recurso quando falharam todos os outros como aconteceu na "Revolução Francesa de 1789" e noutras revoluções, o que acaba por lhe retirar o caracter criativo que o amigo de "Marx" lhe atribuiu. Na sequência dos defensores da "resistência não-violenta", de que se destaca "Martin Luther King jr." e toda uma série de escritores norte-americanos que partilham a sua estratégia vitoriosa na implantação da igualdade de direitos cívicos, contestando a ideia da legitimidade da violência como instrumento para um fim considerado «benigno» e que por isso justifica tudo. É necessário eliminar os inimigos da velha sociedade para construir a nova. Considero que devemos ser defensores da capacidade de mobilização da "resistência não-violenta" entre nós; a luta contra o regime fascista do alegado "Estado Novo" foi um exemplo marcante desta forma de luta. A não-violência deve agora ser compreendida como uma posição moral adotada por indivíduos em relação a um campo de ação possível, e como uma prática social e política empreendida em conjunto, culminando num modo de resistência a formas sistémicas de destruição democrática associado ao compromisso para a construção dum Mundo que incorpora ideais de Liberdade, Igualdade Económica, Social e Política que honre a interdependência global.
(By SHANTAL AYANA 2021)
Autor: SHANTAL AYANA 2021
Fonte: SHANTAL AYANA 2021
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Carlos Carrapiço
2021