CAMINHOS E ATALHOS PARA UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA…
Uma das aquisições mais significativas do séc. XXI, foi a transformação que se operou na situação social das mulheres e simultaneamente nas relações sociais entre os dois sexos. Neste final do século XX, pelo menos em relação ao mundo ocidental, pode afirmar-se que existe uma ampla consciência coletiva e um extenso reconhecimento jurídico-institucional acerca do direito das mulheres à igualdade. Este constitui a parte integrante do corpo dos Direitos Humanos. A afirmação do direito á igualdade não apaga o reconhecimento das diferenças inerentes ao género; antes as reconhece e valoriza, considerando que na complementaridade dos géneros, reside um facto muito positivo do desenvolvimento humano e sustentado das sociedades. Pois!..., estes progressos inquestionáveis, na sua maioria de origem governamental legislada, subsistem, ainda em grandes áreas de discriminação hipócrita que importa silenciar ou subestimar. Estes decorrem fundamentalmente da tirania dos preconceitos que continuam a pesar negativamente sobre as mulheres e do próprio modo (masculino) como a atividade humana e as relações sociais estão organizadas, o qual, constitui por si só, um crivo “natural” excludente para as mulheres. Esta situação é particularmente notória no domínio das estruturas do poder político e de gestão de empresas, onde a participação feminina continua a ser reduzida. Mas a exclusão atualmente não se fica por aqui…, seres humanos diferentes pela sua cor de pele, raça ou crença religiosa também é frequentemente marginalizada. A heterogeneidade multicultural que todos dizem que deve ser aceite, pois só assim, evoluímos para uma sociedade mais ativa e participativa onde supostamente predomina a cidadania ativa, ainda está bem longe de ser uma realidade viva no nosso País…, e ao contrário do que se diz, a verdade é que somos um povo onde ainda prevalece os vícios do antigamente, a falta de cultura e conhecimento do Mundo, o racismo, a xenofobia mascarada de populismos de fácil retórica e oratória e de bons ouvintes; de imensas desigualdades sociais, que após 47 anos de Democracia, continua tudo na mesma, onde a Justiça para todos é uma miragem no deserto, e que a mim, como patriota (não nacionalista), muito me entristece! No entanto aqui digo e afirmo convicto; Viva o 25 de Abril! Viva a Liberdade! Liberdade Sempre!..., mesmo tendo de caminhar e fazer atalhos para uma Educação Inclusiva e ser um Cidadão mais consciente e participativo nesta sociedade de velhos hábitos e costumes e onde o Sr. Padre da aldeia, aos Domingos, se senta á mesa connosco, olhando de soslaio a bonita e muito modesta mini saia e o decote singelo da blusa de malha da senhora, dona de casa, crente e assídua na missa da Paróquia, enquanto o marido lhe serve um copo de vinho.
Carlos Carrapiço
2021
Para pais, educadores e comunidade em geral!...
O Blogue da Cidadania Ativa; Inclusão Social; Sustentabilidade Ambiental e Natureza
Carlos Carrapiço
2021