terça-feira, 21 de setembro de 2021

Anonymous Didáctica - "ANTIRRACISMO" 2021

 ANTIRRACISMO

A relativa “invisibilidade das minorias raciais”, até na investigação educacional, tem contribuído para uma relativa “cegueira institucional á discriminação”. Este, um ponto de partida fundamental para um conjunto de recomendações que o Conselho Nacional de Educação (CNE) divulgou recentemente sobre Cidadania e Educação Antirracista. Na fundamentação deste conjunto de recomendações, o relatório do CNE refere nomeadamente, o relatório de 2018 da Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância em Portugal,  sublinhando que apesar de reconhecer importantes avanços nacionais no que concerne ao reconhecimento de direitos e combate á discriminação, não deixa de sublinhar a intensa linha de desigualdades com ampla discriminação que se traduz em fenómenos de abandono, insucesso e dificuldades na progressão escolar quer seja de crianças ou jovens, mas também de adultos afrodescendentes imigrantes ou mesmo de origem cigana, mas também a manutenção de uma visão heroica e unilateral de acontecimentos históricos relacionados com a expansão marítima, a colonização e até mesmo a escravatura. Nesta perspetiva, é essencial que os “problemas do racismo e da "educação antirracista" sejam vistos no contexto da educação para a cidadania, na medida em que se trata de ameaças á qualidade de vida democrática de todos os cidadãos naquilo que são os seus direitos fundamentais: liberdade; pluralismo; igualdade. A recente mobilização de jovens em manifestações antifascistas um pouco por todo o país é sinal disso.”

Urgem medidas de vontade por parte dos Agrupamentos Escolares na contratação de profissionais especializados, que possam apoiar estratégias de inclusão e educação antirracista, valorizando a integração de mediadores de grupos étnicos/raciais nas escolas; bem como  a enfase na dimensão de convivialidade, favorecendo estratégia para melhorar o acolhimento de alunos estrangeiros(migrantes, refugiados). Igualmente importante é diminuir a redução de encaminhamentos de crianças e jovens para dispositivos que lhes limitam o acesso á progressão escolar. De destacar, também a importância de que deverá ser a partir da escola, lugar de onde deverá sair o estímulo para uma discussão mais alargada do que foi a expansão portuguesa e o colonialismo. A inclusão nos currículos de uma visão abrangente e não etnocêntrica dos fenómenos para que possamos ter uma sociedade consolidada em termos de autonomia e aprendizagens em contextos reais sem deixar efetivamente ninguém para trás, que é o que se pretende duma sociedade em pleno sec.xx1.

(By: ANONYMOUS DIDATICA 2021)

(esta profissional escreve politicamente incorreta sobre educação e outros temas relacionados com a cidadania ativa)

(A CONTINUAR...)



Autor: Anonymous Didáctica

Fonte: Anónymous Didáctica



O Blogue da Cidadania Ativa; Inclusão Social; Sustentabilidade Ambiental e Natureza

Carlos Carrapiço

2021



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