quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável - Notícias ZERO: Pobreza Energética | Novo Parceiro Receita | 2 convites ZERO 2022


3 de fevereiro de 2022 ver online
NOTÍCIAS ZERO zero.ong
 

Pela primeira vez numas eleições legislativas, a ZERO resolveu olhar para os programas eleitorais na área do ambiente e sustentabilidade das diversas forças políticas com assento parlamentar dado que, infelizmente, não tivemos tempo nem recursos para olhar para todos os programas. Além de uma avaliação global, a ZERO escolheu também avaliar dez temas e

três iniciativas específicas que considera relevantes para a próxima legislatura. A análise foi baseada nos programas eleitorais escritos e disponíveis publicamente e efetuada da forma muito independente e discutida com a participação de membros da direção, de dois voluntários dos mais ativos e da responsável pela comunicação, nenhum com qualquer ligação partidária. Tivemos por base as áreas mais significativas do Manifesto da ZERO para as Legislativas 2022 e reforçamos que não se tratou de uma indicação de voto mas sim e até mais de um alerta. A ZERO não pretendeu com esta análise efetuar uma seriação ou recomendação de voto nos partidos; antes olhar para as questões chave no que respeita às áreas do ambiente e sustentabilidade como forma de ajudar a reflexão. Temos a perfeita consciência que este foi um ensaio e um desafio cujos resultados e reações nos permitirão tirar conclusões para próximas ocasiões semelhantes. Feitas as escolhas pelos portugueses, no contexto do próximo governo e orçamento do Estado, cabe-nos igualmente fazer propostas e apelos para que prossigamos um caminho de resiliência e de salvaguarda dos valores que defendemos para nós e para as próximas gerações. Acreditamos que esta é a missão de uma associação que se quer interventiva no contexto de uma sociedade civil atenta e que quer assegurar um futuro mais sustentável.

Francisco Ferreira

É pobre energeticamente?

 

Portugal é 4.º país europeu mais pobre energeticamente, de acordo com o Índice de Pobreza Energética Doméstica Europeia. E porquê? Os edifícios obsoletos são o principal motivo, afetando o seu desempenho energético. Para a ZERO, é necessária uma mudança de paradigma no setor da construção para um melhor desempenho energético. Conheça melhor a pobreza energética que afeta 17,5% dos portugueses. 

Como enfrentar os dias frios de forma eficiente?

  1. Ajustar a potência contratada às suas necessidades: uma parte do valor da fatura de energia é a potência contratada - este é um custo fixo que aumenta consoante os KW contratados.
  2. Ter atenção às tarifas de discriminação horária que podem ser fortes aliadas de poupança quando tira maior partido possível dos períodos em que a energia é mais barata.
  3. Isolamento, isolamento e isolamento! Uma casa bem isolada pode reduzir até 30% a energia consumida.
  4. A informação como arma de combate: informe-se sobre as melhores formas de poupança e conheça os programas do fundo ambiental disponíveis e que podem trazer maior eficiência energética à sua casa. Conheça-os aqui

 

sabia que...?

Portugal nunca instalou tanta capacidade solar como em 2021?

 

 

No ano passado o país aumentou a capacidade solar fotovoltaica em 701 MW, o maior incremento de sempre num só ano, segundo dados da DGEG. Já as eólicas tiveram o maior volume de nova capacidade dos últimos cinco anos. Veja mais aqui!

Em dez anos, nunca houve tantos carros em Portugal?

 

Em 2020, havia 5,6 milhões de automóveis ligeiros de passageiros em circulação, são 541 por cada mil habitantes, saltando para o valor mais alto da década. Leia mais aqui!

1/3 da energia "renovável" na Europa é produzida a partir da queima de árvores?

 

As nossas florestas estão a desaparecer a um ritmo alarmante. Em vez de plantar florestas, a Europa está a queimá-las em grande escala e considera como "energia verde". Assista a este vídeo que as instituições da UE não querem que veja!

Petição pela constituição da Comissão Parlamentar para as Políticas do Mar - até 8 de fevereiro

 

Está na hora do Mar ganhar maior relevância na Assembleia da República e a sua assinatura conta.

 

Pela primeira vez, em Portugal, o oceano poderia ter a sua própria instância na Assembleia da República onde estarão em apreciação e fiscalização permanentes todos os aspectos respeitantes ao mar nas diferentes políticas do país.

Atingindo 4.000 assinaturas, esta petição será discutida em plenário.

Assine aqui!

Estufado de castanhas e lentilhas

INGREDIENTES

• 10 castanhas

• ½ colher de sopa de azeite

• 1 cebola picada

• 2 dentes de alhos picados

• 1 cenoura média cortada em cubos

• 200g de cogumelos castanhos, cortados em quartos

• 1 colher de sopa de vinagre balsâmico

• ½ colher de chá de tomilho seco

• 1 colher de sopa de concentrado de tomate

• 100g de lentilhas verdes ou castanhas

• 360 ml de água

• 2 colher de sopa de salsa fresca, picados

• Sal e uma quantidade generosa de pimenta preta acabada de moer, a gosto

 
 

 

INSTRUÇÕES

Preaquecer o forno a 180°C. Lavar, secar as castanhas e fazer um golpe em forma de cruz. Adicionar sal com moderação às castanhas e um ramo de alecrim, outra erva aromática ou especiaria a gosto (canela, cravinho, erva-doce, louro…). Colocar numa forma e levar ao forno a assar durante cerca de 25 a 30 min. Retirar do forno, deixar arrefecer ligeiramente e descascar as castanhas ainda quentes. Picá-las grosseiramente e reservar.

 

Numa frigideira antiaderente, saltear a cebola, o alho e a cenoura no azeite, juntamente com 1 a 2 colheres de sopa de água. Refogar os legumes durante cerca de 5 min. até a cebola ficar translúcida. Juntar os cogumelos, o tomilho, o vinagre balsâmico e saltear durante mais alguns minutos, até os cogumelos ficarem macios, juntar também uma pitada de sal e pimenta preta.

 

Triturar, com o auxílio de uma varinha-mágica, cerca de uma chávena (240 mL) de água, 1/3 das castanhas e aproximadamente ¼ dos legumes refogados, para fazer um molho espesso e aromático, para envolver o estufado. Reservar.

 

Adicionar o concentrado de tomate, as lentilhas, as castanhas, o caldo de legumes (preparado no passo 3), e levar à fervura. Deixar cozer durante cerca de 15 minutos, adicionando água conforme necessidade e avalia o estado de confeção das lentilhas ao fim deste tempo: devem estar macias, de centro translúcido, mas íntegras. Ajustar os condimentos a gosto e adicionar a salsa fresca picada antes de servir.

 

 

Esta receita é da autoria de Márcia Gonçalves, do blog Compassionate Cuisine. Para mais receitas sustentáveis, obtenha a aplicação VeggieKit!

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7º Encontro Nacional pela Justiça Climática

De 11 a 12 de Fevereiro, decorre o 7.º Encontro Nacional pela Justiça Climática, em Lisboa. Este evento partilhará experiências, estabelecerá pontes e construirá estratégias e planos comuns. 

 

Este encontro discutirá assuntos como exploração animal, mobilidade sustentável, energia, oceanos e muito mais. Contará também com uma exposição de arte e um espaço criança!

 

Participe e junte-se à reflexão de uma nova sociedade, orientada para o cuidado da vida e do planeta, rumo à justiça climática, justiça social e transição justa.

Qual tem sido o investimento público em floresta autóctone no Norte e Centro do país? E quais as implicações do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) sobre os investimentos futuros na floresta destes territórios?

 

Estas e outras questões, relacionadas com o investimento e o papel estruturante da floresta autóctone no território, vão ser desenvolvidas pelos oradores convidados do Webinar Financiamento da Floresta Autóctone que decorrerá no dia 24 de fevereiro. Os oradores serão:

  • Susana Carneiro (Centro PINUS);
  • Pedro Teixeira (Centro PINUS);
  • Paulo Lucas (ZERO);
  • Rui Rosmaninho (ICNF);
  • Miguel Viegas (Universidade de Aveiro).

A participação é gratuita & inscrição necessária! Junte-se a nós!

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zero

zero@zero.ong
Copyright © 2022 ZERO, todos os direitos reservados




Autor: ZERO (Associação Sistema Terrestre Sustentável)

Fonte: ZERO (Associação Sistema Terrestre Sustentável)




O Blogue da Cidadania Ativa; Inclusão Social; Sustentabilidade Ambiental
Carlos Carrapiço
2022

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

O Blogue da Cidadania Ativa; Inclusão Social; Sustentabilidade Ambiental e Natureza 2022


Mar Revolto ou a Biodiversidade da Mãe Natureza


em Breve

2º Episódio




"Mais um vídeo polémico sobre o Poder da Mãe Natureza, a Biodiversidade animal e a Humanidade"
(Carlos Carrapiço)


Realização: 
Educadora Joaquina Damião

 

 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Carlos Carrapiço - "VÁCUO" (a IRA dos Docentes, ou de quem nada percebeu ou percebe sobre... 1º Episódio) 2022

" VÁCUO" 2022

«O Vídeo de sensibilização para Docentes e Comunidade em Geral, público, sem fins comerciais ou outros, sobre os Domínios e Subdomínios da "Cidadania Ativa" que retrata "a humanidade e a sua constante evolução" em si e que foi alvo de discórdia, chocou, foi apelidado de (porcaria!) e que fez mossa na comunidade educativa onde esta Educadora que o realizou se insere, como profissional à mais de 35 anos de carreira na Educação, tendo já passado pela Madeira e Timor.» 

(Carlos Carrapiço)


"Vídeo Educativo e pedagógico de sensibilização junto dos Docentes para as Aprendizagens Essenciais curriculares nos Domínios e Subdomínios da Cidadania Ativa."

(Educadora Joaquina Damião)


«Os diferentes domínios da Educação para a Cidadania estão organizados em três grupos com implicações diferenciadas: o primeiro, obrigatório para todos os níveis e ciclos de escolaridade (porque se trata de áreas transversais e longitudinais), o segundo, pelo menos em dois ciclos do ensino básico, o terceiro com aplicação opcional em qualquer ano de escolaridade. Cada domínio deve especificar de que forma contribui para as áreas de competências definidas no Perfil dos Alunos à saída da Escolaridade Obrigatória.»

(MEC - Ministério da Educação e Ciência)


1.º Grupo

Direitos Humanos

Igualdade de Género

Interculturalidade

Desenvolvimento Sustentável

Educação Ambiental

Saúde


2.º Grupo

Sexualidade

Media

Instituições e Participação Democrática

Literacia Financeira e Educação para o Consumo

Segurança Rodoviária

Risco


3.º Grupo

Bem-estar Animal

Empreendedorismo

Mundo do Trabalho

Segurança, Defesa e Paz

Voluntariado


«A educação para todos, consagrada como primeiro objetivo mundial da UNESCO, obriga à consideração da diversidade e da complexidade como fatores a ter em conta ao definir o que se pretende para a aprendizagem dos alunos à saída dos 12 anos da escolaridade obrigatória. A referência a um perfil não visa, porém, qualquer tentativa uniformizadora, mas sim criar um quadro de referência que pressuponha a liberdade, a responsabilidade, a valorização do trabalho, a consciência de si próprio, a inserção familiar e comunitária e a participação na sociedade que nos rodeia. Perante os outros e a diversidade do mundo, a mudança e a incerteza, importa criar condições de equilíbrio entre o conhecimento, a compreensão, a criatividade e o sentido crítico. Trata-se de formar pessoas autónomas e responsáveis e cidadãos ativos. Não falamos de um mínimo nem de um ideal, mas do que se pode considerar desejável, com necessária flexibilidade. Daí a preocupação de definir um perfil que todos possam partilhar e que incentive e cultive a qualidade. Havendo desigualdades e sendo a sociedade humana imperfeita, não se adota uma fórmula única, mas favorece-se a complementaridade e o enriquecimento mútuo entre os cidadãos. O que distingue o desenvolvimento do atraso é a aprendizagem. O aprender a conhecer, o aprender a fazer, o aprender a viver juntos e a viver com os outros e o aprender a ser constituem elementos que devem ser vistos nas suas diversas relações e implicações. Isto mesmo obriga a colocar a educação durante toda a vida no coração da sociedade – pela compreensão das múltiplas tensões que condicionam a evolução humana. O global e o local, o universal e o singular, a tradição e a modernidade, o curto e o longo prazos, a concorrência e a igual consideração e respeito por todos, a rotina e o progresso, as ideias e a realidade – tudo nos obriga à recusa de receitas ou da rigidez e a um apelo a pensar e a criar um destino comum humanamente emancipador. Devemos, assim, compreender os sete pilares que Edgar Morin considera numa cultura de autonomia e responsabilidade: prevenção do conhecimento contra o erro e a ilusão; ensino de métodos que permitam ver o contexto e o conjunto, em lugar do conhecimento fragmentado; o reconhecimento do elo indissolúvel entre unidade e diversidade da condição humana; aprendizagem duma identidade planetária considerando a humanidade como comunidade de destino; exigência de apontar o inesperado e o incerto como marcas do nosso tempo; educação para a compreensão mútua entre as pessoas, de pertenças e culturas diferentes; e desenvolvimento de uma ética do género humano, de acordo com uma cidadania inclusiva. As humanidades hoje têm de ligar educação, cultura e ciência, saber e saber fazer. O processo da criação e da inovação tem de ser visto relativamente ao poeta, ao artista, ao artesão, ao cientista, ao desportista, ao técnico – em suma à pessoa concreta que todos somos. Um perfil de base humanista significa a consideração de uma sociedade centrada na pessoa e na dignidade humana como valores fundamentais. Daí considerarmos as aprendizagens como centro do processo educativo, a inclusão como exigência, a contribuição para o desenvolvimento sustentável como desafio, já que temos de criar condições de adaptabilidade e de estabilidade, visando valorizar o saber. E a compreensão da realidade obriga a uma referência comum de rigor e atenção às diferenças. O presente texto resulta do debate público realizado e da preocupação de corresponder às principais questões suscitadas, com vista a mobilizar a escola e a sociedade para uma melhor educação.»

(Prefácio sobre a Cidadania Ativa, de Guilherme d’Oliveira Martins)



Realização vídeo: Educadora Joaquina Damião 


Música: L'Appel Du Vide

Album: Humanity Chapter I 

Composer/Artist: Thomas Bergersen

Released: 2021

All rights belongs to respective owners. 

This short video is purely educational fan-made, it's done for Sensibilization of teachers to active citizenship education purposes.

 



O Blogue da Cidadania Ativa; Inclusão Social; Sustentabilidade Ambiental e Natureza

Carlos Carrapiço

2022


*Dedicado a todos aqueles que querem silenciar quem contribui para uma melhor sociedade ativa, para uma melhor humanidade...

(Carlos Carrapiço)

*A censura é o imposto da inveja sobre o mérito.

Laurence Sterne)





Educ. Joaquina Damião - "A Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC) integra um conjunto de direitos e deveres..." 2022

CIDADANIA AFINAL ONDE ESTÁS?!...

A Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC) integra um conjunto de direitos e deveres que devem estar presentes na formação cidadã das crianças e dos jovens portugueses, para que no futuro sejam adultos e adultas com uma conduta cívica que privilegie a igualdade nas relações interpessoais, a integração da diferença, o respeito pelos Direitos Humanos e a valorização de conceitos e valores de cidadania democrática, no quadro do sistema educativo, da autonomia das escolas e dos documentos curriculares em vigor.

A educação desempenha um papel essencial na promoção dos valores fundamentais do Conselho da Europa – a democracia, os direitos humanos e o Estado de Direito – e na prevenção.

Os diferentes domínios da Educação para a Cidadania estão organizados em três grupos com implicações diferenciadas: o primeiro, obrigatório para todos os níveis e ciclos de escolaridade (porque se trata de áreas transversais e longitudinais), o segundo, pelo menos em dois ciclos do ensino básico, o terceiro com aplicação opcional em qualquer ano de escolaridade. Cada domínio deve especificar de que forma contribui para as áreas de competências definidas no Perfil dos Alunos à saída da Escolaridade Obrigatória.

Os Direitos Humanos, enquanto domínio da Educação para a Cidadania - Cidadania e Desenvolvimento, visam promover uma cultura de direitos humanos e de liberdades fundamentais, em todos os aspetos da vida das pessoas, contribuindo para que as crianças e os jovens adquiram os conhecimentos, capacidades, valores e atitudes que lhes permitam compreender, exercer e defender os Direitos Humanos, assumindo o respeito por estes como responsabilidade de todas as pessoas, em prol de um mundo de paz, justiça, liberdade e democracia.

 É AQUI QUE SURGE A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS

A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada em 26 de junho de 1945, através da assinatura da Carta das Nações Unidas, sendo atualmente composta por 193 Estados-membros.

A ONU tem como objetivos (de acordo com a essa Carta):

Manter a paz e a segurança internacionais;

Desenvolver relações de amizade entre as nações baseadas no respeito pelo princípio da igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz universal;

Realizar a cooperação internacional, resolvendo os problemas internacionais de carácter económico, social, cultural ou humanitário, promovendo e estimulando o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais para todos;

Ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações para a consecução desses objetivos comuns.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) constitui um marco na história dos direitos humanos; proclamada pela Assembleia Geral da ONU, em 10 de dezembro de 1948, como um ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a DUDH estabelece, pela primeira vez, os direitos humanos fundamentais a serem protegidos universalmente. Mas é com tristeza e dor na alma que constato diariamente como cidadão, que passados tantos anos e por outros tantos que passem ainda, o ser humano não se respeita sob forma alguma. Cada um passa por cima do outro para conseguir chegar aonde quer, ninguém é sensível ao sem abrigo que por qualquer uma razão infeliz na vida foi atirado para o passeio frio todas as noites, mas frequentamos ilustremente Ações de formação ou palestras sobre Cidadania e Direitos Universais porque fica bem no Curriculum. O que ninguém ou poucos têm a coragem de dizer é que estamos num declive tão ou mais vertiginoso do que antes, onde apesar de sermos um País Multicultural existe cada vez mais exclusão social a todos os níveis até mesmo nas escolas, onde frequentemente se ouve a expressão «aquilo é só pretos, indianos, chineses… Caminhamos na segunda década do Séc.XXI  e temos pessoas tão incultas (por opção, não por falta de informação)que finge desconhecer ou não quer  reparar, é que são precisamente essas pessoas que eles” fingem” aceitar na nossa sociedade “dita inclusiva e universal” como iguais. São esses mesmos que  estão a fazer os descontos para a Segurança Social para que estes primeiros possam ter reformas um dia , com o esforço do seu trabalho precário e mal pago e que devido à sua cultura ainda “fazem filhos” independentemente das dificuldades e a nossa retribuição é uma  mera hipocrisia disfarçada numa aceitação para a inclusão e igualdade que jamais pretendemos fazer a não ser para a “fotografia” porque ficamos bem vistos na dita “Comunidade” ou até nas próximas eleições da autarquia.

A Educação de qualidade é um direito humano fundamental e um investimento para o futuro. Aprender a tomar decisões informadas é aprender a exercer uma cidadania democrática e não o autoritarismo com que ainda alguns docentes lecionam, ou porque foi assim que aprenderam e não repararam sequer que a sociedade foi mudando e não acompanharam ou pela idade e recusa em mudar agora já em fim de carreira para quê?!... A imprevisibilidade característica do mundo atual coloca desafios novos à educação. O conhecimento científico e tecnológico desenvolve-se a um ritmo de tal forma intenso que somos confrontados diariamente com um crescimento exponencial de informação a uma escala global. Ao mesmo tempo que se assiste a uma melhoria dos indicadores sociais básicos, a globalização e o progresso tecnológico também contribuíram para o aumento das desigualdades no acesso aos direitos fundamentais. Hoje vivemos num mundo com problemas globais como as alterações climáticas, os extremismos, as desigualdades no acesso aos bens e direitos fundamentais e as crises humanitárias, entre outros, em que a solução passa por trabalharmos em conjunto(precisamente quando assistimos a um individualismo atroz e a uma luta pela liderança), unindo esforços para encontrar soluções para os desafios que ameaçam a humanidade. O futuro do planeta, em termos sociais e ambientais, depende da formação de cidadãos com competências e valores não apenas para compreender o mundo que os rodeia, mas também para procurar soluções que contribuam para nos colocar na rota de um desenvolvimento sustentável e inclusivo.

Resta a esperança em cada ser humano e no que de humano existir dentro dele para que o amanhã possamos ter uma sociedade universal ,inclusiva, igualitária, em que todos trabalhemos para um bem comum sem olhar ao credo, cor da pele ou língua falada. Que haja entendimento entre todos e todos sejamos tratados por igual.

(Fonte: Educação para a Cidadania MEC e ONU)

(By: Educadora Joaquina Damião 2022)



O Blogue da Cidadania Ativa; Inclusão Social; Sustentabilidade Ambiental e Natureza

Carlos Carrapiço

2022


Shantal Ayana - "Alunos de origem imigrante frequentam menos anos e mais tardiamente o ensino pré-escolar e reprovam mais!" 2022

RACISMO INSTITUCIONAL

"racismo institucional" nas escolas portuguesas.

Alunos de origem imigrante frequentam menos anos e mais tardiamente o ensino pré-escolar e reprovam mais!

O “racismo institucional" existe nas escolas portuguesas, onde a maioria dos alunos afrodescendentes têm piores notas, mais probabilidade de chumbar e são quase todos enviados para o ensino profissional, revela um estudo sobre "imigração e escolaridade".

Esta realidade, que tem sido revelada em estudos nacionais, dá "sentido à consideração de a escola portuguesa ser mais um dos contextos nacionais que é atravessado por processos de racismo institucional", sublinham os investigadores do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa.

São vários os padrões que marcam genericamente os trajetos escolares dos alunos de origem imigrante: frequentam menos anos e mais tardiamente o ensino pré-escolar e reprovam mais, refere o estudo "Imigração e escolaridade - Trajetos e condições de integração", que faz parte do livro "Desigualdades Sociais, Portugal e a Europa". São vários os padrões que marcam genericamente os trajetos escolares dos alunos de origem imigrante: frequentam menos anos e mais tardiamente o ensino pré-escolar e reprovam mais, refere o estudo "Imigração e escolaridade - Trajetos e condições de integração", que faz parte do livro "Desigualdades Sociais, Portugal e a Europa.

Para os investigadores, a persistência das desigualdades "é um indicador, entre muitos, de que o racismo é parte dos obstáculos à democratização escolar". Contudo, o facto de não existir em Portugal recolha de dados sobre a diversidade étnico-racial, que tem sido reivindicada por diferentes organismos internacionais e movimentos sociais de afrodescendentes, "impossibilita que se afiram estas questões com maior rigor do ponto de vista estatístico, desde logo a possibilidade de controlar de forma sistemática o efeito da classe social".

A presença de alunos imigrantes nos sistemas de ensino europeus também é marcada por desigualdades de acesso, resultados e acolhimento.

"Apesar de alguns progressos, Portugal é um dos países da OCDE que apresenta as maiores desigualdades em termos de desempenho escolar, que se relacionam com a desvantagem socioeconómica", mas não só.

Os dados mais recentes revelam a persistência destas desigualdades e evidenciam que "as desvantagens recaem sobre certos grupos de imigrantes, podendo outros igualar ou ultrapassar os resultados dos nacionais", nomeadamente os oriundos da China, França, Moldávia, Espanha e Ucrânia.

O estudo salienta que, apesar de terem sido tomadas algumas medidas de política educativa para facilitar a integração dos alunos de origem imigrante, como a implementação do PLNM (Português Língua Não Materna), existe um "hiato'' entre o preconizado e o concretizado até ao momento.

"É desejável que as políticas públicas apostem efetivamente na aplicação e aprofundamento desta medida, dado sabermos que as fragilidades a nível do domínio da língua portuguesa têm, seguramente, repercussões nos desvantajosos resultados escolares que os alunos de nacionalidade estrangeira obtêm, em relação aos seus pares nacionais, sobretudo quando vão para além do 1.º ciclo do ensino básico". O "racismo institucional" existe nas escolas portuguesas, onde a maioria dos alunos afrodescendentes tem piores notas, mais probabilidade de chumbar e são quase todos enviados para o ensino profissional, revela um estudo sobre "imigração e escolaridade", 

 Indicador de que os diferentes Domínios da Educação para a Cidadania não  estão a conseguir  lidar com implicações diferenciadas: o primeiro, obrigatório para todos os níveis e ciclos de escolaridade (porque se trata de áreas transversais e longitudinais), o segundo, pelo menos em dois ciclos do ensino básico, o terceiro com aplicação opcional em qualquer ano de escolaridade. Cada domínio deve especificar de que forma contribui para as áreas de competências definidas no Perfil dos Alunos à saída da Escolaridade Obrigatória, o que de todo não está a ser conseguido pela maioria das escolas no nosso país.

As Áreas de Competências deveriam  agregar competências entendidas como combinações complexas de conhecimentos, capacidades e atitudes que permitam uma efetiva ação humana em contextos diversificados. São de natureza diversa: cognitiva e metacognitiva, social e emocional, física e prática. Importa sublinhar que as competências envolvem conhecimento (factual, conceitual, processual e metacognitivo), capacidades cognitivas e psicomotoras, atitudes associadas a habilidades sociais e organizacionais e valores éticos. Só conseguindo estruturar um ensino deste modo abrangente, conseguimos acolher a multiculturalidade de alunos que todos os dias nos chegam às escolas e entender as suas necessidades fornecendo-lhes as ferramentas necessárias para então adquirirem as mesmas competências definidas no Perfil dos Alunos à saída da escolaridade Obrigatória.

(By: Shantal Ayana 2022)




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Carlos Carrapiço

2022


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